Notice Details Home / Notice Details

Enem põe desenvolver estratégias de comunicação que valorizem o desempenho de seus alunos

08 Sep, 2025

O Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, cresceu e virou um adulto com várias atribuições. Colocado à luz em 1998 como primeiro grande sistema de avaliação da educação média brasileira, para ajudar na definição de políticas e projetos de aperfeiçoamento, ele passou, nesses 21 anos, a servir de parâmetro ou base também para a admissão de estudantes na suprema maioria das instituições de ensino superior do país e em programas de concessão de bolsas e financiamentos do estudo privado, como Sisu, ProUni e Fies. Transformado numa espécie de vestibular nacional em 2009, incorporou, na prática, outros dois vetores: ferramenta para os pais, na escolha da escola dos filhos, e fonte de dados para propaganda de escolas, sobretudo privadas, com bom desempenho no exame. Famílias precisam de informação na hora de escolher a melhor escola para os jovens, e publicidade a partir de conquistas legítimas é aceitável em qualquer atividade, incluindo a educação privada. Mas quais são os limites éticos a serem respeitados por escolas e redes ao usar resultados do Enem para fidelizar alunos e aumentar o rebanho com a conquista de novos estudantes? A relação entre classificação e qualidade da escola é sempre correta e automática? Em quais formatos e situações a utilização desses rankings pode ser considerada um serviço honesto, ético e elogiável?